Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /var/www/clients/client1/web51/web/wp-content/plugins/previsao-do-tempo/class/WidgetSeloClimatempo.class.php:1) in /var/www/clients/client1/web51/web/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1372
{"id":4519,"date":"2021-08-05T13:25:22","date_gmt":"2021-08-05T16:25:22","guid":{"rendered":"https:\/\/obandeirante.com.br\/?p=4519"},"modified":"2021-08-05T13:50:19","modified_gmt":"2021-08-05T16:50:19","slug":"precariedade-no-tratamento-do-lixo-contaminacao-e-ma-gestao-ambiental-preocupam-em-sao-sebastiao-precariedade-no-tratamento-do-lixo-contaminacao-e-ma-gestao-ambiental-preocupam-em-sao-sebastiao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/obandeirante.com.br\/?p=4519","title":{"rendered":"Precariedade no tratamento do lixo, contamina\u00e7\u00e3o e m\u00e1 gest\u00e3o ambiental preocupam em S\u00e3o Sebasti\u00e3o"},"content":{"rendered":"\n
\"\"
Praia do Deodato, na Ba\u00eda do Ara\u00e7\u00e1 <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por Marcello Ver\u00edssimo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A sociedade civil organizada em parceria com especialistas, ambientalistas, representantes do PEA (Programa de Educa\u00e7\u00e3o Ambiental) do Porto de S\u00e3o Sebasti\u00e3o e Costa Verde da Petrobras, se reuniram na \u00faltima semana de julho para formalizar suas conclus\u00f5es sobre a 1\u00ba Expedi\u00e7\u00e3o Educacional ao C\u00f3rrego M\u00e3e Izabel, realizada no dia 20 de julho. A a\u00e7\u00e3o faz parte de uma s\u00e9rie de iniciativas, como condicionantes, que surgiram em decorr\u00eancia do plano de dragagem do porto sebastianense. Em janeiro deste ano, teve in\u00edcio a 2\u00aa fase do PEA. As reuni\u00f5es acontecem periodicamente por meio do Google Meet, aplicativo que permite chamadas de v\u00eddeo com at\u00e9 100 pessoas, por at\u00e9 60 minutos gratuitamente.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com os ambientalistas, os relat\u00f3rios desta a\u00e7\u00e3o v\u00e3o contextualizar a realiza\u00e7\u00e3o de campanha de conscientiza\u00e7\u00e3o ambiental contra o descarte irregular de lixo origin\u00e1rio de a\u00e7\u00f5es na terra e no mar. A expedi\u00e7\u00e3o ocorreu durante uma caminhada que come\u00e7ou na jun\u00e7\u00e3o das nascentes do c\u00f3rrego at\u00e9 sua desembocadura na parte norte do mangue, em um trajeto com mais de tr\u00eas quil\u00f4metros. \u201cNa 1\u00aa fase, o Ara\u00e7\u00e1 n\u00e3o estava inclu\u00eddo neste programa. Em contato com as comunidades, o PEA estabeleceu a realiza\u00e7\u00e3o do monitoramento ambiental comunit\u00e1rio\u201d, dizem os especialistas.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s o contato com representantes da comunidade, os especialistas entenderam que a participa\u00e7\u00e3o dos moradores \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para a cria\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas, campanhas educativas, que melhorem a infraestrutura e a qualidade de vida na regi\u00e3o. \u201cA comunidade nos disse que quem entende dos problemas daquele territ\u00f3rio s\u00e3o eles que moram l\u00e1. N\u00f3s ajudamos com relat\u00f3rios, traduzindo informa\u00e7\u00f5es\u201d. <\/p>\n\n\n\n

Humberto Sales, um dos representantes da comunidade do Varadouro, conhece bem esses problemas a que os ambientalistas se referem e com os quais convive \u201cdesde que se conhece por gente\u201d, como ele mesmo diz. Cai\u00e7ara nativo, nascido e criado em S\u00e3o Sebasti\u00e3o, ele diz que, ao longo dos anos, s\u00e3o feitos diversos estudos e os danos ao meio ambiente permanecem. \u201cOs problemas ficam l\u00e1. Temos que agir em conjunto para pedir provid\u00eancias ao Minist\u00e9rio P\u00fablico, ao Ibama e \u00e0 nossa prefeitura\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Humberto ainda cita o chorume que \u00e9 despejado dentro do mar ao lado da \u00e1rea da empresa de lixo, conhecido por Beco do Urubu, na foz do C\u00f3rrego M\u00e3e Izabel, um dos pontos em que usu\u00e1rios de crack se re\u00fanem na regi\u00e3o central, que fica quase na entrada da Topol\u00e2ndia, sem fiscaliza\u00e7\u00e3o, al\u00e9m do emiss\u00e1rio submarino, velho conhecido da comunidade, entre outros fatores. \u201cTudo contribui para ficar pior. O problema \u00e9 grande e gera uma rea\u00e7\u00e3o em cadeia\u201d, completa Humberto, que \u00e9 favor\u00e1vel \u00e0 realiza\u00e7\u00e3o de campanhas educativas \u00e0 comunidade. \u00a0\u00a0<\/p>\n\n\n\n

\"\"
Grupo de participantes da Expedi\u00e7\u00e3o ao C\u00f3rrego M\u00e3e Izabel<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A comiss\u00e3o da comunidade conta com representantes da \u00e1rea que envolve o mangue do Ara\u00e7\u00e1; unindo moradores da Topol\u00e2ndia, do Centro, Pitangueiras at\u00e9 a praia do Guaec\u00e1. O mangue do Ara\u00e7\u00e1 \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para todo o sudeste brasileiro por ser ber\u00e7\u00e1rio de in\u00fameras esp\u00e9cies marinhas, entre elas o camar\u00e3o rosa, que procria no Canal de S\u00e3o Sebasti\u00e3o. De acordo com os moradores, o mar se tornou um grande receptor de lixo, incluindo o descarte por embarca\u00e7\u00f5es. \u201cChegamos ao fundo do po\u00e7o. Ou a gente se afoga ou toma jeito\u201d, eles alertam.<\/p>\n\n\n\n

Os manguezais precisam ser preservados porque influenciam no combate \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e na preserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade. Mas n\u00e3o \u00e9 isso que, na pr\u00e1tica, acontece no Ara\u00e7\u00e1 e seu entorno. Fotos, v\u00eddeos e \u00e1udios que circulam por aplicativos de mensagem aos quais o Bandeirante <\/strong>obteve acesso,revelam a situa\u00e7\u00e3o de calamidade em que se encontra o Ara\u00e7\u00e1 e seus arredores. \u201cUma quadra de esporte, um a\u00e7ougue, o Cras, mais a frente duas escolas, creche e esse fedor. Como as crian\u00e7as que estudam aqui vivem? Isso \u00e9 g\u00e1s podre. O mau cheiro \u00e9 g\u00e1s e \u00e9 um g\u00e1s contaminante, que acaba com a sua sa\u00fade. Tudo errado!\u201d, diz Izaneide Sales dos Santos, pintora e trabalhadora rural, moradora do Ara\u00e7\u00e1.    <\/p>\n\n\n\n

O bi\u00f3logo marinho, Felipe Postuma, que atua no departamento de Pesca da Prefeitura de S\u00e3o Sebasti\u00e3o, acompanha o andamento das reuni\u00f5es, mas diz que n\u00e3o pode emitir um posicionamento oficial sobre o assunto. Postuma diz que sua participa\u00e7\u00e3o \u00e9 com rela\u00e7\u00e3o para viabilizar a constru\u00e7\u00e3o do rancho de pescadores do Ara\u00e7\u00e1, entre outras quest\u00f5es relacionadas ao que acontece no mar.<\/p>\n\n\n\n

\"\"
\u00c1rea do Itatinga contaminada por lixo \u00b4qu\u00edmico da Petrobras<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Realidade Perturbadora \u2013 <\/strong>Outra realidade perturbadorapara os moradores nos arredores do Ara\u00e7\u00e1, al\u00e9m da polui\u00e7\u00e3o ambiental, \u00e9 a chamada \u201c\u00e1rea de contamina\u00e7\u00e3o do Itatinga\u201d, um dos bairros mais populosos de S\u00e3o Sebasti\u00e3o, que integra o complexo dos bairros da Topol\u00e2ndia, na regi\u00e3o central do munic\u00edpio. O caso \u00e9 um antigo conhecido de autoridades p\u00fablicas, da Petrobras, Cetesb, Minist\u00e9rio P\u00fablico e tamb\u00e9m da popula\u00e7\u00e3o. Os res\u00edduos apareceram em 2006 e, desde ent\u00e3o, moradores apontam os impactos na sa\u00fade e alguns tiveram que sair de suas casas.<\/p>\n\n\n\n

De l\u00e1 para c\u00e1, quem vive na regi\u00e3o convive com diversos rounds referentes ao problema. Em 2019, por exemplo, a Petrobras pagou R$ 7,5 milh\u00f5es \u00e0 Cetesb pela contamina\u00e7\u00e3o por res\u00edduos de petr\u00f3leo. O pagamento \u00e9 parte das exig\u00eancias do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi assinado entre a empresa e o MP pela recupera\u00e7\u00e3o da \u00e1rea.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m da quantia, o Bandeirante <\/strong>apurou que a estatal teria que executar um plano de remedia\u00e7\u00e3o na \u00e1rea isolada, projetos sociais na regi\u00e3o para tentar minimizar os impactos do transtorno, al\u00e9m de estudos sobre os efeitos da exposi\u00e7\u00e3o dos res\u00edduos aos moradores, entre outras a\u00e7\u00f5es. Mas pouco ou quase nada foi feito at\u00e9 agora.<\/p>\n\n\n\n

\"\"
Foz do C\u00f3rrego M\u00e3e Izabel, onde a polui\u00e7\u00e3o est\u00e1 concentrada. <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A \u00c1rea \u2013 <\/strong>Evaldo Pereira, um dos representantes da comunidade mais conhecedor do caso, mora em frente a \u00e1rea contaminada, de aproximadamente 15 mil metros quadrados, no pol\u00edgono entre as ruas Tancredo Neves, J\u00falio Prestes de Albuquerque, Benedito Pedro dos Santos e a avenida Itatinga. Ele convive com os transtornos causados pela contamina\u00e7\u00e3o de perto. \u201c\u00c9 o bairro do Itatinga inteiro, desde o Centro Josiane Pereira dos Santos at\u00e9 a Rua J\u00falio Prestes de Albuquerque\u201d, explica o morador.   <\/p>\n\n\n\n

Caminhando com ele pelo local, pode-se entender mais sobre o assunto. A \u00e1rea \u00e9 formada por dois terrenos com uma pequena eleva\u00e7\u00e3o, separados por uma regi\u00e3o de v\u00e1rzea, onde existe um c\u00f3rrego, que tamb\u00e9m deve estar comprometido.<\/p>\n\n\n\n

Ambientalistas dizem que o curso-d\u2019\u00e1gua contaminada \u00e9 um dos afluentes do c\u00f3rrego M\u00e3e Izabel, citado no in\u00edcio desta reportagem, que des\u00e1gua na Ba\u00eda do Ara\u00e7\u00e1, o principal ecossistema de mangue do Canal de S\u00e3o Sebasti\u00e3o.  \u00c0 \u00e9poca, o ent\u00e3o secret\u00e1rio municipal de Meio Ambiente, T\u00e9o Balieiro, disse em entrevista que somente com mais investiga\u00e7\u00f5es seria poss\u00edvel apontar com precis\u00e3o o tamanho da \u00e1rea afetada. Em agosto de 2006, a Petrobras realizou uma an\u00e1lise no ar em 62 casas no entorno da \u00e1rea de maior risco, em dois outros pontos do bairro e em mais seis no centro de S\u00e3o Sebasti\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Naquele ano, segundo o estudo, foi descartada a presen\u00e7a de agentes qu\u00edmicos (como benzeno, tolueno e xileno). Ainda de acordo com a Petrobras, tamb\u00e9m foram feitos exames laboratoriais, no Brasil e na It\u00e1lia, que afastaram a possibilidade de efeitos negativos na sa\u00fade humana.<\/p>\n\n\n\n

Mas at\u00e9 hoje, em 2021, os moradores contestam essa vers\u00e3o e dizem que os efeitos dos reagentes qu\u00edmicos desencadearam uma s\u00e9rie de transtornos para a sa\u00fade de quem vive no local. \u201c\u00c9 um cheiro de borra insuport\u00e1vel que vem. N\u00e3o tem escapat\u00f3ria, n\u00e3o tem como filtrar, \u00e9 um produto qu\u00edmico, \u00e9 vol\u00e1til. Pensa em veneno de rato, se jogar chumbinho dentro de uma \u00e1gua e tirar, o que aconteceu com \u00e1gua? Fica contaminada, mata do mesmo jeito\u201d, analisa Evaldo Pereira, que diz ainda tratar-se de omiss\u00e3o da Petrobras e outras autoridades. \u201cOs promotores dizem que n\u00e3o s\u00e3o t\u00e9cnicos e o que eles [a Petrobras] disserem que \u00e9, \u00e9 e n\u00e3o podemos fazer nada, ent\u00e3o o que a promotoria est\u00e1 fazendo?\u201d, ele questiona. O caso Itatinga, como \u00e9 conhecido, \u00e9 considerado uma das maiores contamina\u00e7\u00f5es pela Petrobras no estado de S\u00e3o Paulo. \u201cA Petrobras parece que n\u00e3o aceita que contaminou os moradores, o bairro, o solo e subsolo mesmo com an\u00e1lises e estudos, feitos pela pr\u00f3pria Cetesb, mostrando que sim\u201d, completa Evaldo. Ele tamb\u00e9m diz que, com base em uma nova decis\u00e3o judicial, foi determinado a realiza\u00e7\u00e3o de uma nova an\u00e1lise da Cetesb no local. \u201cO que est\u00e1 acontecendo? Em 2016, eles informaram que a \u00e1rea estava contaminada e at\u00e9 hoje nada. Vamos ver o que a Cetesb vai falar agora\u201d. \u00a0\u00a0\u00a0<\/p>\n\n\n\n