Secretaria de Meio Ambiente é representada nos 30 anos da Fundação SOS Mata Atlântica
A Prefeitura de São Sebastião foi representada em São Paulo em um evento de grande importância para a preservação ambiental no País, isto é, a festa de 30 anos de existência da Fundação SOS Mata Atlântica.
A celebração das conquistas da ONG ao longo destas três décadas reuniu cerca de 400 pessoas no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp) Unilever em 29 de novembro e contou com a presença da bióloga chefe de divisão de Agricultura e Abastecimento da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Cintia Castro de Freitas, convidada a participar como representante municipal e como parceira em várias ações voltadas à preservação da floresta.
A cerimônia contou com inúmeras autoridades presentes como Fábio Feldmann, primeiro presidente da ONG e ex-deputado federal; o atual presidente da Fundação, Pedro Luiz Passos; o diretor de políticas públicas, Mário Mantovani; o empresário e também ex-presidente da ONG, Roberto Klabin, e Ricardo Cardim, um dos maiores especialistas em arborização urbana do Brasil, entre outros parceiros e ambientalistas convidados para a festa que contou com a participação especial do coral “Menino Gigante” e da cantora Mariana Aydar.
Na ocasião Zélia Brito, chefe da Reserva Biológica do Atol das Rocas (ICMBIO/MMA) e Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica foram homenageadas.
Floresta
A Mata Atlântica é uma das florestas mais ricas em biodiversidade no mundo. Nela vivem quase 72% da população brasileira – mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Cerca de 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção são abrigados por ela que, hoje, conta apenas com 8,5 % de remanescentes florestais.
De acordo com a bióloga Cíntia Freitas, este bioma exerce influência na região, como qualidade do ar, produção de água, regulação do clima e saúde do solo, que dependem diretamente dos remanescentes desta floresta, que também é fonte de recursos e matérias-primas essenciais à economia do país, para atividades como a agricultura, a pesca, o turismo, a indústria e a geração de energia.
Parceira e articuladora de alguns projetos ligados à ONG no município de São Sebastião, como a vinda da exposição itinerante “A Mata Atlântica é aqui”, projeto ligado ao Ministério da Cultura que esteve no município por três vezes em sete anos, além de outros eventos e manifestações ambientais em outras localidades a convite da própria SOS Mata Atlântica, a bióloga destaca os trabalhos da Semam neste contexto. “Em 2015, a secretaria criou um grupo técnico que iniciou o trabalho de diagnóstico para a elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, o PMMA, envolvendo técnicos de outras pastas e alguns voluntários”, disse Cíntia frisando ser de suma importância a conclusão do referido plano.
Para o chefe de divisão de Recursos Hídricos, Fernando Parodi, o PMMA é um instrumento de planejamento em que, conforme previsto em na Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/06, a Lei da Mata Atlântica), os municípios devem assumir sua parte na proteção dessa importante floresta. “O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. Sua elaboração e implementação deverá ser efetivada em cada município do Bioma pelas Prefeituras e Conselhos de Meio Ambiente”, afirmou.
De acordo com ele, a necessidade de revisão dos mapas, a correção e a complementação do diagnóstico foi identificada. “No início não tínhamos mapas específicos para conduzir os trabalhos. Parte do serviço de elaboração de mapas foi terceirizado e estes entregues no final do último mês”, observou.
Durante o evento em São Paulo, Cíntia solicitou pessoalmente ao governador do Estado, Geraldo Alkmin, atenção e apoio no que diz respeito ao desmatamento e a crescente ocupação em áreas de risco do município. “Ele (Alkmin) comentou sobre uma liberação de recursos de compensação ambiental oriundos dos grandes empreendimentos no Litoral Norte (Programa Litoral Sustentável) que vem a contribuir nesse processo”, declarou.
Conscientização Ambiental
Responsável pela divisão que cuida das árvores urbanas isoladas no município, a bióloga deu destaque à importância de estimular o engajamento da sociedade e conectar os temas ambientais ao dia a dia das pessoas. “Principalmente em ter uma fiscalização efetiva para a preservação da biodiversidade da Mata Atlântica em nossa região”, salientou.
Como forma de conscientização, ela desenvolve ações de educação ambiental na região, como palestras com o tema Mata Atlântica e Arborização Urbana, além de realizar inúmeros plantios de espécies nativas com estudantes e comunidade, buscando sempre alertar sobre as leis ambientais, denúncias e infrações ambientais que envolvem a vegetação de porte arbóreo, destacando, também, a necessidade de se trazer a floresta para a cidade, a fim de manter o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
(RF)
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