Fruta pão na cozinha caiçara

Nada como um bom nhoque de fruta pão feito pela Alexandrina, nossa cheff de cozinha caiçara da Fazenda Santana.

Preparadas com a polpa da fruta pão bem cozida, um pouco de farinha de trigo para dar liga e ovos, as bolinhas de massa feitas à mão, são recheadas com queijo para depois serem douradas ao forno. A receita básica da Alexandrina tem o gosto bom do carinho e da união da sua alegre e grande família que se reúne todos os domingos para saborear a variedade de bons pratos e ser feliz. Como é época da fruta e a temos ainda em quantidade no litoral, vamos aproveitar o que a natureza nos oferece e procurá-la nos supermercados ou até em alguns quintais. Uma pena não termos o seu cultivo em escala para atender a

A fruta pão é uma planta de árvore alta, folhas largas, originária da Malásia e que produz frutos arredondados e ovalados verdes. B astante parecida com a jaca, é base da alimentação dos povos Polínésios , portanto adapta-se bem ao nosso litoral. Começa a produzir depois 3 a 5 anos de plantio e a variedade que produz sementes se multiplica por sementes. A variedade que não produz sementes pode ser plantada por estacas.

É rica em cálcio, potássio, fósforo, vitaminas B e C e tem baixo teor de gordura. Sua polpa pode ser cozida, assada, frita na manteiga ou acrescentada à farinha de trigo para fazer pão, guizados e nhoque. Madura é aproveitada para fazer doce.

As sementes são utilizadas para substituir o feijão em algumas regiões do nordeste. É um ótimo alimento para o gado e os ramos permitem destacar fibras para a fabricação de cordas e esteiras. Produz também o latex do tronco e do fruto bastante utilizado na indústria náutica.

A fruta pão coincide com a temporada da manga e da jaca, entre maio e setembro. Suas propriedades farmacêuticas são de grande importância para a saúde. Curam diarreia, reumatismo, câimbras, tumores,males do estômago e rins. Além disso, o seu látex é um cicatrizante poderoso. Deve ser consumida em dois ou três dias depois de colhida e devido a baixa resistência ao frio, é bom levar à geladeira só depois de cozida. Texto e foto Luzia Prado