Prefeitura e irmandade acertam detalhes para fim da intervenção no hospital de clínicas de São Sebastião
Integrantes da Irmandade da Santa Casa reuniram-se na Prefeitura Municipal com a Administração Municipal para definir critérios visando o futuro da gestão do Hospital de Clinicas de São Sebastião. O prefeito Felipe Augusto assinou portaria instituindo uma “Comissão Especial para Elaboração de Estudo” para, no prazo de 90 dias, elaborar proposta para finalizar a intervenção da prefeitura no hospital.
A prefeitura e provedoria do hospital também assinaram um aditamento no convênio com o município, para que a prefeitura continue cobrindo as despesas de funcionamento do hospital. O prefeito Felipe Augusto informou que está elevando de R$ 3 milhões para até R$ 4,5 milhões o repasse mensal para a cobertura dessas despesas.
Na reunião, além dos integrantes da Administração Municipal, estiveram presentes os ex-prefeitos Décio Moreira Galvão, João Siqueira e Paulo Julião, todos membros da irmandade, e o atual provedor da Santa casa, Ubirajara Nascimento.
No encontro foram lembrados detalhes da intervenção no hospital que remonta ao ano de 2007.
“A Administração anterior colocou uma empresa para cuidar do hospital no lugar de outra empresa que havia sido colocada pela administração antes dela. Depois veio a intervenção municipal, transformando o convênio em guarda chuva (do atendimento)”, recordou o ex-prefeito Décio Galvão, rememorando o início das dificuldades financeiras do hospital. “Em 2007 a intervenção já começou torta, errada”, afirmou o ex-prefeito João Siqueira.
“Emprestamos o nome e o CPF da Irmandade e hoje estamos com o nosso nome sujo no comércio. Sequer tomamos conhecimento oficialmente do último convênio assinado, e só tivemos acesso ao documento através de amigos”, continuou o ex-prefeito Décio. O atual provedor, Ubirajara Nascimento, confirmou que não havia diálogo com a administração passada, pois “até o padre era proibido de entrar no hospital”.
O prefeito Felipe Augusto informou que foi até Brasília resolver outra questão grave do hospital que havia perdido a sua filantropia. No ministério da Saúde, o chefe do Executivo informou que conseguiu a reabertura do processo que já havia sido arquivado. Além disso, ele revelou ter herdado só em contas de água e luz do hospital um débito que chega a R$ 5 milhões.
O encontro serviu também para que os integrantes da prefeitura e da Irmandade acertassem que o novo convênio com o hospital receberia um adendo, em forma de ata da reunião de hoje, onde ficava claro que a Irmandade não concordava com pontos do documento que está sendo aditado. Segundo os integrantes da irmandade o convênio possui expressões colocadas nas administrações passadas que são desfavoráveis à imagem da instituição. Fonte PMSS
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