A cidade iluminada em diversos tons de solidariedade e fraternidade
Não é Paris, não é Londres, não é Dubai, não é Rio de Janeiro. É São Sebastião iluminada com as luzes do Natal 2017.
Luzes para alegrar os olhos de quem as vê e o coração do povo sebastianense cansado da mesmice pobre em que esteve mergulhado durante décadas.
A cidade abandonada, como se fosse uma velha mendiga do Litoral Norte, guarda nos seus domínios o Porto e a Petrobras que mais do que pagar impostos tomou conta do seu espaço mais precioso que é espoliado por mais de meio século.
A euforia das luzes não paga o que nos foi tirado.O sebastianense tem o dever de lembrar sempre que se o centro da cidade não tem mais por onde expandir, temos uma costa marítima maravilhosa para nos orgulhar e preservar e caríssima para a prefeitura administrar com os recursos que recebe.
Mas as luzes do Natal tem a magia de apagar as tristezas e nos remeter a um futuro melhor porque é dever da administração pública gerenciar bem o pouco que as grandes empresas que ocupam nosso espaço, pagam.
No entanto mais do que iluminar espaços temos na nossa cidade pessoas como Diego Nabuco, um funcionário público de 31 anos que, nos últimos seis natais da sua vida, ilumina corações no bairro da Topolândia, onde mora.
No dia 23, no Mirante do Itatinga, Diego distribuiu centenas de brinquedos para os pequeninos do seu bairro. Viu a alegria estampada nos rostinhos das crianças e nos olhares dos pais que nada tinham para oferecer.
Para Diego pessoas valem mais do que coisas e ele, feliz e realizado, diz que depois volta ao lugar onde fez a doação e encontra os pequeninos distraídos, brincando com os brinquedos que receberam.
É um Papai Noel de carne e osso, real, alguém que mostra exemplarmente aos pequeninos que a fraternidade e a soliedariedade vão além das luzes que a qualquer momento se apagam.
Deixe uma resposta