O Conselho Municipal de Políticas Culturais de São Sebastião, na presença da sua presidente Jéssica Biazini e representantes das comunidades tradicionais, estiveram reunidos no dia 11 de novembro na sede do Centro Cultural São Sebastião Tem Alma, onde foi realizado o Fórum Setorial de Cultura Tradicional para elaborar propostas comuns às demandas da Cultura Caiçara.

Durante o fórum, evento de dinâmica consultiva, foram discutidos diagnósticos da realidade sebastianense e apresentado propostas para minimizar os impactos da crescente desvalorização que a cultura caiçara vem sofrendo nos últimos anos.

Segundo as lideranças caiçaras presentes, não é dado o devido valor para a memória e muito menos para o patrimônio material e imaterial da cidade de São Sebastião, que conta com o turismo como fonte de renda.

A dificuldade em obter matéria prima para a confecção de objetos de arte, dificulta a comercialização e a participação dos artesãos  caiçaras nos eventos. Eles pedem maior atenção da Sutaco, Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades, a criação de Casas do Caiçara no Centro e na Costa Sul que contemplem todos os saberes e fazeres da Cultura Tradicional, bem como a reativação da Cati, prédio pertencente ao Estado, que poderia abrigar muitas organizações em benefício da cultura, da pesca e da agricultura local.

Para a professora de artes e presidente do Instituto Colibri, Bernadete Passos, que mediou o fórum, “o dia, o tempo é valioso demais e tem emergências na Cultura Caiçara que ainda resistem mas podem se perder se não forem resgatadas com a força da coletividade.

A próxima reunião da entidade foi marcada para o dia 25, às 14 horas, no mesmo espaço do Centro Cultural São Sebastião Tem Alma, situado na região central, à Rua Expedicionários Brasileiros 219.