Antes da chegada de Américo Vespúcio, em 20 de janeiro de 1502, São Sebastião era uma região recortada pela Serra de Boiçucanga onde ao norte viviam os nativos Tupinambás e ao sul os Tupiniquins

A ocupação portuguesa e o crescente interesse da coroa pela região, proporcionou a São Sebastião ser considerada de extrema importância social, geográfica e política e com a divisão do território em Capitanias Hereditárias, coube aos sesmeiros Diogo Dias, Gonçalo Pedroso, João de Abreu, Francisco Escobar de Ortiz e Diogo de Unhate iniciarem aqui um povoado implantando a pesca e a agricultura baseada no plantio da cana de açúcar, fumo e café.

A necessidade de valorização da vila pelo trabalho e participação de seus cidadãos, possibilitou a emancipação política e administrativa de São Sebastião em 16 de março de 1636.

Portanto, há 380 anos , foi instituída a primeira Câmara Municipal e seus primeiros vereadores foram Francisco Escobar Ortiz, Nuno Cavalheiro e Francisco Pinheiro.

O primeiro juiz foi Diogo Castanho Torres, eleito na localidade na mesma época para julgar causas comuns. Depois de se emancipar de Santos, a Vila de São Sebastião foi elevada à categoria de cidade pela lei n.º 20, de 08 de abril de 1875, tornando-se pioneira no cultivo da cana de açúcar e a primeira a utilizar energia movida pelas rodas d’água.

Assim como tivemos momentos de glória, também passamos por momentos de decadência provocados pela interferência política que beneficiou principalmente o Porto de Santos. Mas continuamos a ser geograficamente um dos maiores portos do mundo e economicamente o mais importante porto de carga líquida do país por abrigar aqui o Terminal Almirante Barroso da Petrobras. Texto Luzia Prado e foto Marcello Veríssimo