A Secretaria de Desenvolvimento Social e Humano (SEDES), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), em parceria com a Secretaria da Saúde (SESAU), através da Coordenação de Saúde Mental, realizaram uma ação em conjunto na Praia do Deodato, na região Central, entre os dias 8 e 10 de agosto.

De acordo com a coordenadora do CREAS, Valéria da Costa, o objetivo da ação foi abordar, cadastrar e traçar um perfil da população que utiliza o espaço da Praia do Deodato para o uso de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. Há vários anos o local abriga uma espécie de “cracolândia” do município.

Durante as abordagens, os profissionais do Serviço Social ofereceram às pessoas o atendimento social no CREAS e os serviços da Coordenação da Saúde Mental da Secretaria da Saúde, como por exemplo o tratamento para dependência química, sob supervisão da psicóloga Carla Brasil.

Foram identificados dois barracos construídos com lona, papelão e outros materiais improvisados, os quais não pertencem a uma única pessoa, sendo utilizados pelos diversos frequentadores do local, o que não se caracteriza como moradia fixa.

Durante a ação foram identificadas 22 pessoas utilizando o espaço da praia, sendo que desse total: 15 responderam à entrevista da abordagem social; 7 aceitaram a orientação, mas não se identificaram; 5 são munícipes e possuem referência de família, no CRAS Topolândia; 9 são de Ilhabela, os quais possuem referência familiar naquele município; 2 são migrantes, sendo um de São Jose dos Campos e o outro de São Paulo; e 6 não quiseram responder sobre sua procedência.

Identificou-se também que a maioria das pessoas que utilizam o espaço são homens. Foram abordados 15 homens e 7 mulheres na ação. A Coordenadora do CREAS, Valéria da Costa, informa que os migrantes foram encaminhados para o atendimento social e receberam uma passagem para município de origem, São Jose dos Campos e São Paulo, conforme solicitado por eles.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) realiza o atendimento emergencial à população em situação de rua, oferecendo atendimento psicossocial; inclusão no Cadastro Único visando a transferência de renda (Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada); segunda via de documentos pessoais; busca familiar; recâmbio para a cidade de origem; articulação com demais serviços socioassistenciais e com as demais políticas públicas de concessão de benefícios eventuais.

Quanto ao tratamento para a dependência química, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD), oferece o tratamento com equipe multidisciplinar, sendo que as pessoas podem procurar pelo serviço sem a necessidade de encaminhamento médico.